A comunicação é,
desde os primórdios da humanidade, a maneira mais eficaz de compartilhar
informações; bem como ideais, anseios e impressões. A necessidade de usá-la
alavancou o surgimento de diversas línguas, estas se expandiram pelo mundo e
assumiram a qualidade de característica relevante na cultura de um povo.
Tendo alcançado este patamar de importância na sociedade, a língua exigiu para si um artifício que a pudesse salvaguardar da condição perecível a que está submetida a memória humana e, assim, nasceu a escrita. Em verdade, a escrita tem sua origem enraizada no sistema logográfico[1], proveniente de lugares como Mesopotâmia, Egito, China, e Paquistão. Logo após desenvolveu-se a escrita fonética e, finalmente, os primeiros alfabetos: grego, latim e brahmi indiano; com eles tornou-se possível criar uma maior variedade de textos e disponibilizá-los a um maior quantitativo de pessoas.
A palavra
“texto” provém do latim “textum”, que significa
tecer/ entrelaçar. Com isso entende-se que o texto deve ser produzido
cuidadosamente, interligando as informações entre si para que componham um
todo; do mesmo modo como faria uma tecelã no tear. Sua função é disseminar
conhecimento, expressar pensamentos de modo que seja possível compreendê-los no
momento em que são compartilhados. Ao escrever o emissor materializa suas
idéias a fim de que sejam compreendidas pelo receptor, no ciclo de aprendizado
mútuo característico da linguagem. No entanto, para que esse ciclo se complete
satisfatoriamente é necessário haver o emprego da semântica. Em clara
definição, o texto é uma manifestação linguística onde deve haver,
obrigatoriamente, a presença de coerência; ou seja, é um código dotado de
significação.
Em definição do Dicionário Aurélio, texto é:
1.
Conjunto de palavras, de frases escritas.
2. Obra escrita considerada na sua redação original e autêntica (por
oposição a sumário, tradução, notas, comentários, etc.).
5. Texto manuscrito ou impresso (por oposição à ilustração).
6.
Qualquer texto destinado a ser dito ou lido em voz alta.
7.
Excerto de língua escrita ou falada, de qualquer extensão, que constitui um
todo unificado.
[1] A escrita logográfica faz uso de figuras para representar significados. São exemplos de sistema logográfico o chinês e o egípcio.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Emília. et. all. Novas Palavras: Literatura, Gramática, Redação e Leitura. Vol. 1. São Paulo: FTD, 1997.
AMARAL, Emília. et. all. Novas Palavras: Literatura, Gramática, Redação e Leitura. Vol. 2. São Paulo: FTD, 1997.
BRAIT, Beth. A personagem. São Paulo: Ática, 2006.
CÂNDIDO, Antônio. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2007.
D’ONOFRIO, Salvatore. Teoria do texto I. São Paulo: Ática, 1995.
GOLDSTEIN, N. Versos, sons e ritmos. São Paulo: Ática, 2007.
MOISÉS, M. A criação literária: prosa I. São Paulo: Cultrix, 2003.
_________. A criação literária: poesia. São Paulo: Cultrix, 1998.
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