A palavra “gramática” provém do
grego grammatiké, pelo latim grammatica, significa ato de ler e de escrever.
A gramática consiste no estudo das regras e normas constituintes da língua, não se limitando ao saber formal. Caracteriza-se como área da linguística responsável por explorar forma, composição, interrelação e propriedades das palavras, orações e demais elementos linguísticos.
Seu uso varia de acordo com a corrente ou pensamento sob a qual é aplicada; estuda somente a estrutura dos elementos, sem abordar sua significância ou alteração no tempo/espaço, ao contrário da fonologia, da semiologia e da sociolingüística; mas integra e atua como ferramenta dessas ciências.
A primeira gramática constante em registro histórico é a de Pānini para o sânscrito. Contudo, aceita-se que o estudo formal da gramática tenha sido iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica, de modo que estes tenha descoberto, assim, a estrutura da língua. Com o advento[1] do Império Romano a tradição foi adotada por mais povos e traduziu-se do latim alguns dos elementos gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias.
A gramática caracteriza-se como saber interdisciplinar, ou seja, ela é elemento comum em outros campos de estudo; estes são:
• Comunicação e expressão;
• Etimologia;
• Fonética e Fonologia;
• Literatura;
• Lógica;
• Morfologia;
• Semântica;
• Sintaxe.
REVISÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESTRUTURALISMO
Até fins do século XVIII, os estudos linguísticos eram baseados na gramática Greco-latina, que partia de princípios lógicos e através deles procurava deduzir os fatos da linguagem e estabelecer normas de comportamento lingüístico. Pressupunha-se uma fixidez da língua; consequentemente, as descrições gramaticais tinham um caráter essencialmente normativo e filosófico. Contra essa concepção estática, os estudiosos da linguagem rebelaram-se no século passado, enfatizando então a mudança incessante da língua, através de um processo dinâmico e coerente.
Originaram-se, assim, a gramática comparativa e a lingüística histórica: a primeira, comparando entre si os elementos de línguas distintas com o objetivo de depreender-lhes as origens comuns e de reconstituir a protolíngua de que se originaram e a segunda, procurando explicar a formação e evolução das línguas. As mudanças lingüísticas eram consideradas como fenômenos naturais em contraposição à fixidez preconizada pela gramática Greco-latina.
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