A palavra “etimologia” provém do grego etymología,
pelo latim etymologia.
A etimologia é um estudo gramático que consiste na
análise da origem das palavras e de seus processos de formação; através desse
estudo busca compreender seu histórico e significação. Para exemplificar,
analisemos etimologicamente a palavra “xadrez” (referente ao jogo):
A palavra “etimologia” provém do grego etymología,
pelo latim etymologia.
A etimologia é um estudo gramático que consiste na
análise da origem das palavras e de seus processos de formação; através desse
estudo busca compreender seu histórico e significação. Para exemplificar,
analisemos etimologicamente a palavra “xadrez” (referente ao jogo):
• Xadrez (jogo): Tem seu nome originário do sânscrito, pela associação dos termos chatur e anga (quatro partes, em referência aos quatro elementos dos exércitos na época: elefantes, cavalaria, carruagens [ou barcos] e infantaria, os quais eram as peças que compunham o jogo antecessor do xadrez, o chaturanga).
O vocábulo chegou à nossa língua através da seguinte evolução:
• Sânscrito = chatur anga → chaturanga ↓→ Persa = schatrayan → schatrayn → shadrayn / shadran ↓→ Árabe = → al xedrech → alxedrez ↓→ Castelhano = ajedrez ↓→ Português = xadrez.
No oriente se tornou Xiangqi (China) e (xiangi → xongi) Shogi (Japão).
Em definição do Dicionário Aurélio, etimologia é:
1. O estudo das palavras, de sua história, e das possíveis mudanças de seu significado.
2. Origem e evolução histórica de um vocábulo.
É primordial, no estudo linguístico, conhecer as propriedades da língua e saber diferenciá-la da fala; muito embora ambas estejam intimamente ligadas. A língua caracteriza-se como uma instituição social, ao passo que a fala é um ato individual. Ao compreendermos o posicionamento da língua nos meios civilizacionais aceitamos que esta é um sistema de sinais organizado a fim de transmitir idéias e conhecimentos, como um todo.
A língua é ao mesmo tempo um sistema de valores que se opõem uns aos outros e um conjunto de convenções necessárias adotadas por uma comunidade linguística para se comunicar. Ela está depositada como produto social na mente de cada falante de uma comunidade, que não pode nem criá-la, nem modificá-la. Assim delimitada, ela é de natureza homogênea.
A fala é a realização, por parte do indivíduo, das possibilidades que lhe são oferecidas pela língua. É, portanto, um ato individual e momentâneo em que interferem muitos fatores extralinguísticos e no qual se fazem sentir a vontade e a liberdade individuais. Apesar de reconhecer a interdependência entre língua e fala, Saussure considerava como objeto da linguística a língua (por seu caráter homogêneo), procurando entendê-la e descrevê-la do ponto de vista de sua estrutura interna.
De acordo com A. Martinet (1960), a oposição entre língua e fala pode também exprimir-se em termos de código e mensagem: o código representa a organização que permite enunciar a mensagem, e a mensagem limita-se a concretizar a organização do código. Um dos princípios essenciais propostos por Saussure é a definição da língua como um sistema de signos e de leis combinatórias.
Para nós, a língua não se confunde com a linguagem: a língua não é mais do que uma pequena parte da linguagem, embora essencial. É tanto um produto social de faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias adotadas pelo órgão social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. Num todo, a linguagem é multiforme e heteróclita. Não se pode classificar em nenhuma das categorias dos feitos humanos, pois não se sabe como esclarecer sua singularidade.
A língua, pelo contrário, é um todo em si mesma e um princípio de classificação. Enquanto lhe damos o primeiro lugar entre os feitos de linguagem, introduzimos uma ordem natural em um conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação. A este princípio de classificação se poderia argumentar que o exercício da linguagem se apóia em uma faculdade que nos dá a natureza, enquanto que a língua é coisa adquirida e convencional que deveria ficar subordinada ao instinto natural ao invés de se antepor a ele.
Não está provado que a função da linguagem, tal como se manifesta quando falamos, é totalmente natural, ou seja, que nosso aparelho vocal é feito para falar como nossas pernas para andar. Os Linguistas estão longe de chegar a um acordo quanto a isso. Assim, para Whitney, que compara a língua a uma instituição social com o mesmo título que todas as outras, o fato de que nos sirvamos do aparelho vocal como instrumento da língua é coisa de azar, por simples razões de comodidade: os homens poderiam igualmente escolher o gesto e empregar imagens visuais em lugar das imagens acústicas. Sem dúvida, esta tese é demasiado absoluta; a língua não é uma instituição social ponto a ponto semelhante às outras; ademais, Whytney está demasiado distante quando diz que nossa escolha caiu por azar nos órgãos vocais; de certa maneira, já nos estavam impostos pela natureza. Mas, no ponto essencial, o linguista americano parece ter razão: a língua é uma convenção e a natureza do signo em que se convém é indiferente. A questão do aparelho vocal é, pois, secundária no problema da linguagem.
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